Nirvana

Era amigo de um amigo. Ele tinha aquele sorriso bonito e olhos que fariam Gaddafi chorar. Naquele dia de calor senti por baixo do discreto e  bom perfume o seu cheiro almiscarado de homem bom. Seu corpo completamente relaxado, inconsciente da presença dominante, se espraiava na mesa do bar leve e lânguido. E eu o quis para mim.
Toquei de leve o seu joelho com o meu e pedi desculpas descaradamente falsas.  Sua mãos no copo de cerveja, a língua que se livrava do pequeno bigodinho de cerveja. Parei de opinar sobre isso ou aquilo para prestar atenção. Eu o queria mais. Tomou as rédeas da mesa quando o garçom não veio me atender. Era um cavalheiro. Um homem muito seguro. Era um macho-alfa.

Quando percebi eu já o admirava e sentia que eu era o prêmio daquela tarde de sol. Fingi que meu carro estava no mecânico e pedi carona. Suas coxas fortes no carro; não resisti e pousei minha mão na sua coxa como se tivéssemos nos conhecido há duas encarnações. Ele percebeu que eu já estava ganho.

Na frente do prédio, convidei-o para subir. Mostrei as casas, os livros. Ofereci uma água, um café. Enquanto separava as xícaras, as duas mãos firmes e bonitas passara pela minha cintura e senti seu beijo na minha nuca. Eu tinha medo de me virar e encará-lo. Eu tinha medo do quanto eu poderia me entregar, depois de tanto tempo. Ele me beijava a alma e a minha nuca. Com as mãos em forma de garra ele massageou minha cabeça e eu obedecia a cada comando. Fechei os olhos e me virei. Sua barba por fazer encostou na minha num beijo que me pedia amor, indo da bochecha até meus lábios.

Eu deixei que ele violasse a minha boca com sua língua macia, a sentia nos dentes, nos lábios e eu só esperava. Eu aguardava sua reação sob o seu domínio. Ele me conduziu até a sala, pelas mãos. A fera despertou. Por pouco não me rasga as roupas. Tentei alertar que a cortina nao estava fechada e não consegui. Ele me beijava o rosto, os lábios, os olhos e fundo, fundo e delicado na boca.

Na minha coxa esquerda, senti sua ereção poderosa e a conduzi em direção à minha. E quando eu vi, ele se deleitava mordiscando o meu mamilo direito. Seus olhos reviravam de prazer de ser amamentado por um homem e eu o acolhi também no outro mamilo. Ele me lambeu até ali em baixo, onde meu pau saía para fora da cueca. Ele me engoliu de uma vez. Eu precisava amamentá-lo de qualquer maneira. Ele queria meu leite, meu sexo todo dentro da sua gula. Primeiro colocava só a cabecinha na boca e a lambia com movimentos circulares e com voracidade, para só depois eu sentisse a minha glande tocando no fundo de sua garganta e sua língua no meu saco. Trouxe a sua cabeça para cima e na sua boca senti o gosto do meu pau.

Eu o deitei na cama, logo depois, como se o crucificasse. Mamei seus peitinhos bem bicudos e senti seu perfume natural almiscarado direto da fonte, quando lambia suas axilas. Mordi suas coxas e aí pus um dos seus pés no meu peito. Beijei o peito do seu pé e coloquei seu joelho no meu ombro. Nisso, ele indicou que queria ser penetrado encaixando a cabeça do meu pau na entradinha do seu cuzinho. Depois de me vestir, eu abri sua bunda peludinha e redonda e não consegui controlar o tremor pelo meu corpo de tesão de comer um cara bem macho e gostoso.

Ele suspirava cada vez que ia mais fundo. Ele era apertado. Quando o movimento de vai e vem ficou mais fácil, estabelecemos um ritmo médio, carinhoso, e eu não queria parar nunca de comê-lo. Seu corpo ficou imenso e queria ser o meu continente. Brotava um pouco de suor do seu rosto e era o mar que me convidava ao sabor, à profundeza. E aquele homem tão forte e seguro se desmanchava em fragilidade na minha pica, na minha boca, na minha lingua, na cama. Ele se despia de sua persona cotidiana em gemidos que pareciam mantras longos e muito sinceros. Com aquele som e o nosso ritmo, fui virando os olhos e sentia que tinha essa energia brotando do meu peito que queria também escapar pela garganta. E o tesão se manifestou num gemido diferente, de baixissima frequencia, acho que por isso a porta tremeu (ou dentro da minha cabeça, pelo menos foi assim que me lembro). Com nosso som o quarto se dissolvia. Não tinha amanhã nem ontem. Éramos nós nesse universo surreal sem tempo. Se nossas linguas se desvencilhassem, seria sugado para fora do quarto; portanto nao abandonei um segundo sua boca. Tentava me refugiar dentro desse homem que se abria todo para mim. Dos meus pés começaram a brotar ondas cada vez mais fortes, e a minha vocalização queria agora sair pela cabeça. E a onda veio forte. Minha alma escapou por um instante eterno do meu corpo. Meu pau pulsava alucinantemente dentro daquele homem. Ele também se contorcia, tendo tido um orgasmo também. E minha alma veio vindo para o meu corpo cansado e o fez adormecer.

Um pensamento sobre “Nirvana

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